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A Cor Isabela – Isabelino

Certos nome de pessoas usamos frequentemente para identificar órgãos ou objetos. Claro que você conhece uma Gillete, que é uma lâmina para se barbear. Gillete é o sobrenome do inventor das lâminas de barbear, o norte americano King Camp Gillete, para baratear e tornar mais prática as velhas navalhas.

Mas na medicina temos outras homenagens a pessoas: As trompas de Eustáquio, um pequenos canal que liga o ouvido a boca, e que mantém a pressão do ouvido médio igual a pressão do ambiente. Por isso quando subimos a serra ficamos abrindo a boca para tentar abrir esse canal e normalizar a pressão do ouvido. Bom, Eustáquio foi um grande anatomista e por isso a homenagem. Como foi também um grande anatomista italiano Gabriele Falloppio e que denominou por muitas décadas as trompas de Falópio, hoje conhecidas como tubas uterinas, que é o local onde ocorre a fecundação, o elo entre o útero e o ovário.

No ano passado estava num curso de dermatologia quando o palestrante falava de problemas relacionados a cães que apresentavam a cor Isabela. Isabela é um bege, um marrom claro, geneticamente uma diluição do marrom. Esta cor apresenta-se em cães como doberman, pinches miniatura entre outras. Mas existem pinguins, canários, calopsitas Isabelinos ou Isabelas.

Mas quem foi Isabela que deu origem a esta cor?? Bom esta é que é a parte interessante da história. Tudo leva a crer que foi a rainha Isabel de Castela (atual Espanha) que prometeu que só lavava suas roupas de baixo, que eram brancas, quando seu marido o Rei Fernando de Aragão voltasse da guerra conhecida como a Guerra de Granada. Essa guerra que iniciou em 1482, só encerrou 1492. Então, este “bege Isabelino” seria a cor “das roupas de baixo” da Rainha Isabel depois de 10 anos sem serem lavadas.

Bom, independente de ter como origem a falta de higiene de uma rainha espanhola, a cor isabelina ou isabela é extremamente apreciada nas aves e também em muitas raças de cães.

Texto de Edgar Cardoso.