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A primeira noite de um cão – O Indaialense

Um grande momento na vida de uma família é a chegada de um filhote de cão. Todos estavam ansiosos por este momento e ele finalmente chegou. No entanto o que poucos têm ciência é que estes primeiros dias serão importantíssimos para o futuro da família.

O primeiro desejo é acarinhá-lo e levá-lo para dormir junto, no quarto. Errado! O filhote de cão precisa terminar o processo de desmame, não é recomendável que ele se afaste da mãe verdadeira e já receba outra humana. Ele deverá passar a noite sozinho. Choros são normais, bolsas de água quente, brinquedos de pelúcia e uma cama aconchegante ajudam a melhorar. Mas, se ele mesmo assim quiser chorar, deixe chorar. Faz parte!

Mas por que fazê-lo passar por este sofrimento? Por que faz parte da vida, não poderemos estar sempre ao lado dele. Os pais irão trabalhar, os filhos irão para escola e ele terá que estar sozinho e se acostumar que logo todos voltarão e que está tudo bem… Se ele for acostumado de filhote a sempre ter alguém para protegê-lo, quando todos saírem de casa ele irá chorar até algum membro retornar. Também de tão assustado poderá quando adulto fazer xixi pela casa toda, destruir brinquedos, arranhar toda a porta até alguém voltar… Então é muito mais saudável para toda a família que ele passe por este desconforto enquanto é bem novo. Ele terá que entender e se acostumar que ele tem um lugar casa que é o refúgio dele, que ficar sozinho não é um problema ou que ele não corre perigo por isso. Assim evitaremos que depois de adulto vizinhos reclamem da choradeira, sem falar no desânimo que dá chegar em casa e parecer que houve uma guerra enquanto estávamos fora.

Como diz um velho ditado: “é de pequenino que se torce o pepino!”.

Texto de Edgar Cardoso para O Indaialense.