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Cães farejadores na Colombia – O INDAIALENSE

Semana passada o Globo Repórter apresentou a Colômbia e suas atrações. Estive na Colômbia em 2008, participando de um congresso na cidade de Cartagena das Índias. A cidade sediou o Congresso Mundial de Clínicos Veterinários de Pequenos animais e também o Congresso da Federação Ibero-americana de Clínicos de Pequenos Animais.

Estive em agosto e em março deste mesmo ano as forças militares colombianas haviam matado Raul Reyes, o segundo homem no poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). As FARC eram uma organização terrorista que mantinha a guerrilha controlando o refino e distribuição de cocaína.

Quando cheguei no hotel chamou-me a atenção que na portaria o táxi parou e após sua identificação abriu o porta-malas, e um cão que acompanhava o porteiro pulou e farejou tudo e depois retornou ao lado do porteiro que liberou nossa entrada.

No dia seguinte já reunido com um grupo de brasileiros fomos para o local do congresso, um belíssimo local, e lá novamente um soldado acompanhado de seu cão, um labrador, vigiava e farejava todos os locais durante todo o dia. Imaginei que os cães faziam parte da guerra contra as drogas.

Mais uma vez quando o grupo, agora de microônibus, retornava ao hotel seguia o mesmo ritual: na portaria abria a porta, o cão entrava farejava todo o ônibus e assim que se postava do lado do vigia, o microônibus era liberado para entrar no hotel.

No último dia perguntei ao soldado que estava sempre no congresso com o cão, se ele acreditava que poderia ter drogas no evento. Ele me respondeu prontamente, abrindo um sorriso: Por supuesto que no ! Então insisti: então o cão não é farejador de drogas? e então entendi a guerra que a Colômbia estava vivendo, quando o soldado me esclareceu: “ ¡No señor! este perro es entrenado para olfatear explosivos! “ (Não senhor! este cão é treinado para farejar explosivos).

 

Texto de Edgar Cardoso para O Indaialense.