A cinomose é uma doença viral altamente contagiosa e letal na maioria dos casos. Causada pelo Vírus da Cinomose Canina, um Morbillivirus da família Paramyxoviridae, esta é capaz de acometer diversos mamíferos, como: cão, coiote, chacal, lobo, raposa, lontras, texugos, doninha, quati, mão-pelada, quaxinim, leão, tigre, guepardos, leopardo, dingos, focas e furões.
Os animais jovens são os mais comumente infectados devido o fato de não ter o esquema vacinal completo, porém, cães idosos ou de qualquer idade com ausência de vacinas também estão exposto a essa doença infecto contagiosa. Os cães se infectam ao entrar em contato direto (saliva, urina, fezes, secreções respiratória) com um animal doente/ ou portador da doença sem sinais clínicos ou devido a aerosóis presentes no ar.
Pode acometer um ou diversos sistemas, como respiratório, gastrintestinal, cutâneo e neurológico. Alguns animais apresentam congestão ocular com secreção purulenta, febre, tosse, descarga nasal, letargia, apetite reduzido, vômito e diarreia. Na maioria dos casos o vírus atinge o SNC, causando mioclonia (manifestação clássica da doença), convulsões, espasmos, paralisia de membros, alteração de comportamento, desorientação ou depressão. A maioria ds animais vão a óbito ou ficam com sequelas irreparáveis no sistema nervoso. No Brasil a cinomose é endêmica e milhares de cães morrerem todo o ano. O grau de mortalidade em cães devido a cinomose varia de 30 a 70%, ficando atrás somente do número apresentado pela raiva.
O diagnostico é realizado pelo Médico Veterinário através do exame clínico e análises laboratoriais. Não há um tratamento especifico para o vírus, portanto se realiza a prevenção de infecções secundárias, tratamento dos sinais clínicos evidentes e cuidados de enfermaria, como aquecimento, reposição de liquido e alimentação.
A prevenção da Cinomose se da através do correto esquema vacinal, onde cães com 45 dias de idade recebem a 1° dose da vacina de um total de 3 doses, depois, a vacina é uma única dose anualmente. Durante o a realização do esquema vacinal deve-se evitar levar o filhote para passear na rua, lugares onde há aglomerações de cães, hotéis de cães e petshops. Muitos canis e hotéis caninos exigem que as vacinas estejam em dia para reduzir a exposição dos cães ao vírus.
Peça a seu Médico Veterinário que lhe recomende o programa de vacinação mais apropriado para seu mascote!
REFERENCIAS
SILVA, Marcia C. et al. Aspectos clinicopatológicos de 620 casos neurológicos de cinomose em cães. Pesq. Vet. Bras,Santa Maria, v. 5, n. 27, p.215-220, maio 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-736X2007000500006 &script=sci_arttext&tlng=es. Acesso em: 03 out. 2016.
MARTINS, Danieli Brolo; LOPES, Sonia Terezinha dos Anjos; FRANÇA, Raqueli Teresinha. CINOMOSE CANINA – REVISÃO DE LITERATURA. Acta Veterinaria Brasilica, Santa Maria, v. 2, n. 3, p.68-76, 2009. Disponível em: http://revistas.bvs-vet.org.br/avb/article/viewFile/7519/7748. Acesso em: 03 out. 2016.