Na semana passada comentei que visitamos o “Parcão” em Curitiba. Trata-se de um gramado ao lado do Museu do Olho. Aliás, a primeira vez que me indicaram visitar o “Museu do Olho” fiquei curioso, pensei o que poderia expor um museu com este tema: a evolução dos óculos? será que tinha as várias partes do olho?? E se você colocar no navegador do celular este nome ele realmente lhe leva até lá. Quando cheguei lá descobri que já conhecia o “Museu do Olho” era o Museu Oscar Niemayer que em razão de uma das esculturas que se parece com um olho, ficou com este apelido.
Bom, mas o assunto é o Parcão, na verdade não tem nenhuma estrutura, apenas um gramado e uma placa que indica que é Parque para cães, não existem cercas ou contenções, apesar de se localizar com ruas no seu entorno. Muitas pessoas levam seus cães até lá e também levamos a Olívia. Existe uma placa que indica a obrigação de manter os animais no guia. Mas poucos são os guardiões que seguem essa obrigação.
Daí as brigas entre cães e os berreiros de seus guardiões serem relativamente comuns. Nos dois momentos que visitamos, assistimos brigas, sem consequências graves, é certo… Mesmo mantendo a nossa Olívia no guia, os outros cães livres insistiam em importuna-la, assim preferimos apenas caminhar na calçada ao redor do Museu. Também não por muito tempo, pois além dos cães e seus guardiões, drogados e simpatizantes também são frequentadores assíduos do local.
Nos Estados Unidos, onde os Dog Parks nasceram a situação é outra, existe uma infraestrutura, onde é permitido que os cães fiquem soltos, sem guia, mas os cães pequenos e grandes são separados por cercas para evitar brigas que possam ter consequências graves, e ainda possuem portões duplos de entrada, para que não haja riscos de fuga. Como também, caso o cão apresente comportamento agressivo ou de luta, o guardião é convidado a se retirar da área para animais sem guia.
É importante ter um lugar para levar nossos cães, mas não pode ser qualquer gramado apenas com uma placa de “parcão”, deve ter uma infraestrutura adequada, tanto para a segurança dos cães e como de seus guardiões.
Texto de Edgar Cardoso para O Indaialense.