Iniciado o ano com novas administrações municipais assumindo, vereadores e prefeitos já divulgam em alguns jornais da região a “esterilização de cães e gatos” como principal plano para o controle da “superpopulação” e o abandono desses animais.
Este tipo de ação tem sido proclamado como um “mantra” por vários setores da sociedade , de “intelectuais de Facebook” à classe médica veterinária, no entanto com exceção de uma cidade da Índia que esterilizou em 1 ano mais de 60% de seus cães, nenhum outro município, em especial no Brasil diminuiu a população de cães ou de gatos, através desta técnica. Se o objetivo é evitar o abandono aí mesmo que esta técnica de esterilização em campanhas não se mostra eficiente pois já é frequente encontrarmos animais esterilizados perambulando pelas ruas.
Você pode estar pensando: “bom, mas pelo menos este animal não reproduz mais e com isso a população de animais de rua não aumenta!”. Poderia ser, se os animais que nascessem ou que vivem pelas ruas tivessem qualquer chance de sobreviver. Filhotes desamparados pelas ruas morrem, é fato! Verminoses, viroses, envenenamento, ataque de outros cães, simplesmente não sobrevivem. Os próprios animais adultos se não alimentados e mantidos, mesmo que na rua, também fatidicamente morrem.
A população de animais de rua é resultado do abandono constante de guardiões negligentes, que quando enfrentam qualquer dificuldade com aquele animal simplesmente o abandonam, e as esterilizações não irão atingir este guardião e não mudarão está realidade.
Texto de Edgar Cardoso para O Indaialense.