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Sitio Vô Antônio no Dia do Colono – O Indaialense

No dia 25 de julho comemoramos o Dia do Colono, data esta que marca o primeiro culto evangélico realizado no Brasil, mais especificamente em Porto Alegre, pelos primeiros imigrantes alemães no ano de 1824.

Mas quando lembro do Dia do Colono não me vem a cabeça nenhum alemão, mas sim uma “manézinha” que nos anos 2000 morava no Warnow, um pouco depois da ponte coberta, num sítio que denominou Sítio Vô Antônio, que se chama Iolanda Borges, hoje não residindo mais em Indaial.

Dona Iolanda tornou-se em pouco tempo uma das líderes dos agricultores do Warnow, sem muitas “papas na língua” brigava, no bom sentido, pelos colonos da região. Eu atendia seus animais quando por qualquer motivo, o Dr. Fernando Sell da Costa, na época médico veterinário da secretaria da agricultura, não podia atender.

Dona Iolanda sempre começava a criação de animais com a intenção pecuária, mas quase todos se tornavam de estimação, seu coração ocupava grande parte da sua pequena estatura. Assim além de seus cães e gatos, acabei tratando de porcos, javalis, cabras, vacas, cavalos, galinhas…

Certa vez me pediu pra ajudá-la com o desfile do Dia do Colono, por que queria desfilar com o Sítio Vô Antônio e precisava de gente para ajudar. La fui eu, Simone, meus filhos, Alexandre Rinco que trabalhava comigo e topava toda missão especial logo cedo no domingo ajudar no transporte dos animais (eu tinha uma kombi na época) para o centro onde era o desfile. E assim fomos tentando colocar os 3 ou 4 cães, todos de médio e grande porte, a cabra, o bode… Isso mesmo a cabra e o bode.

Assim o Sítio Vô Antônio se fazia presente nos desfiles: abria com D. Iolanda em seu fusca, onde em cima tinha uma gaiola com patos, o segundo pelotão formado pelos  cães e o último pelotão que era o bode e a cabra andando na coleira elegantemente vestidos. Ele com cartola e fraque e ela com chapéu de palha florido pela rua central da cidade.

 

Texto de Edgar Cardoso para O Indaialense.