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Casos de Raiva no Vale do Itajaí

Nos períodos de outono e inverno, os quais apresentam as noites mais longas que os dias, temos o aparecimento de casos de raiva, principalmente em bovinos, na nossa região.

A CIDASC (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário de Santa Catarina) responsável pela defesa sanitária animal, confirmou na ultima semana os dois casos de raiva em bovinos na cidade de Timbó, no bairro Mulde Central.

Bovinos, eqüinos, caprinos, ovinos e suínos raramente podem contrair a raiva por mordedura de um cão infectado, o mais frequente é a transmissão por mordedura de morcegos hematófagos. No Brasil, há diversas espécies de morcegos que se alimentam de sangue, sendo a mais importante o Desmodus rotundus. 

Os morcegos hematófagos atuam como portadores, reservatórios e transmissores de raiva por vários meses, podendo ou não desenvolver a doença.

Após sair de seus abrigos (cerca de duas horas depois do pôr do sol) os morcegos atacam presas mais acessíveis do rebanho, que são, geralmente, aqueles animais de temperamento dócil e que dormem na periferia do rebanho, ou mais facilmente, na nossa região, aqueles animais presos em estábulos sem luz durante a noite.

Depois da aproximação, eles escolhem um local apropriado para morder suas vítimas. Feita a mordedura, começa então a lamber o sangue que escorre da ferida, como na sua saliva existe uma substancia que dificulta a coagulação do sangue, o sangue escorre por mais tempo. Se o morcego apresenta o vírus da raiva é neste momento que ocorre a contaminação da vítima.

Nos bovinos, o período de incubação, ou seja, o período entre a mordida e o início dos primeiros sinais, varia entre 3 e 15 semanas; nos eqüinos os sinais aparecem mais cedo, entre 3 e 6 semanas. 

Os sinais predominantes nos animais de produção são os da forma paralítica: depois de um período de excitação com duração e intensidade variáveis, apresentam sinais de paralisia, como dificuldade de engolir os alimentos e a própria saliva, por isso acabam babando mais do que o normal. Outro sinal presente é a incoordenação dos membros, provocando um andar cambaleante ou mesmo não conseguindo se erguer, fazendo com que o animal permaneça deitado. 

A raiva não tem cura e além de matar os animais pode matar também os seres humanos (trata-se de uma zoonoses) daí sua imensa importância em Saúde Pública.

Por isso é importante que os donos vacinem todos os seus animais anualmente , sejam eles bovinos equinos, extremamente importante neste momento, mas todos os mamíferos cães, gatos, ovelhas, cabras e suinos. Enfim informe-se com seu veterinário e vacine contra raiva!